2º lugar: Terraço Notiê
Após uma reforma, o restaurante do chef Onildo Rocha estava previsto para reabrir no começo de outubro com mudanças no ambiente e a adição de “Terraço” no nome, em alusão à cobertura do Shopping Light onde está instalado. Ele promete seguir adiante com o menu intitulado Terra Altar, em tributo à Chapada Diamantina, com cinco (R$ 282), oito (R$ 468) ou onze etapas (R$ 624), que já vinha sendo servido no jantar. Entre as possibilidades, estão o abará vegano sobre folha de shissô coberto por coalhada e uma gremolata de castanhas e o robalo no yakitori com mole de mamão verde ao molho de alga wakame, além do cordeiro com feijão-verde e café (foto), que ganha nova apresentação. Para os outros momentos do dia, estão previstas sugestões à la carte como o ravióli de siri com molho de lambreta e purê de abóbora e o peixe grelhado com purê de pupunha e erva-doce. Centro: Shopping Light (acesso pelo estacionamento). Rua Formosa 157 (2853-0373). Seg, das 12h às 15h30. Ter e qua, das 12h às 23h. Qui a sáb, das 12h às 2h. Dom, das 12h30 às 18h30.
3º lugar: Jiquitaia
Uma charmosa casa da década de 50, cercada de verde, abriga este restaurante que tem à frente o festejado chef Marcelo Corrêa Bastos. Ali, ele faz um ótimo trabalho de releitura da cozinha brasileira de acento interiorano. Começa-se pelos quiabos grelhados com pasta de missô e gergelim negro (R$ 36, na foto) ou então pelas ótimas coxinhas de frango caipira (R$ 43). Outra sugestão de entrada é o cordeiro (R$ 75), que vem em fatias rosadas junto de molho de tamarindo e salada de ervas. No capítulo principal, ganha destaque a moqueca (R$ 136), feita de peixe do dia — que pode ser prejereba —, guarnecida de arroz e farofa de dendê. A quiabada com camarão (R$ 105) é outro acerto de Bastos: ela tem por base um substancioso caldo de legumes que leva leite de coco, dendê, tomate-cereja e cebola roxa, e é finalizada com coentro e castanha-de-caju. Assim como o salão, o bar fica sob os cuidados de Carolina Bastos, a Nina, irmã e sócia de Marcelo. Dali, saem coquetéis bem elaborados como o suburbano (R$ 27), de cachaça, Cynar 70, mel de mandaçaia e ginger ale. No almoço durante a semana, tem menu com entrada, prato e sobremesa a R$ 89. Paraíso: Rua Coronel Oscar Porto 808 (3051-5638). Ter a qui, das 12h às 15h e das 19h às 22h30. Sex e sáb, das 12h às 16h e das 19h às 22h30. Dom, das 12h às 16h.
ALTAR COZINHA ANCESTRAL
Nascido no Recife, onde foi declarado Patrimônio Cultural e Gastronômico, o restaurante ganhou uma filial paulistana em 2023. O salão de cores tão vibrantes quanto os sabores praticados ali reflete um pouco da personalidade da carismática chef Carmen Virgínia. Dona Carmen, como é chamada, aprendeu a cozinhar na infância, num terreiro de candomblé, e hoje celebra a herança afro-brasileira em receitas como o peixe à inajá (R$ 98), servido com molho de moqueca, camarão e bolinho de feijão, e que ainda vem junto de um cremoso arroz de coco, com queijo coalho e banana-da-terra. Coisa rara de se encontrar na cidade, a galinha de cabidela (R$ 93) segue uma receita de família, com fava, farofa bolão e batata-doce salteada na manteiga de alecrim. Na chegada, recomenda-se pedir um caldinho de feijão do vevé (R$ 24), que vem acompanhado de dose de cachaça e um pedacinho de fruta da estação, ou uma dupla de pastel de festa (R$ 28), recheado com carne moída com azeitonas e passado no açúcar glacê, como é tradição em Pernambuco. Leve como deve ser, o acarajé (R$ 65) vem em porção de cinco unidades junto de vatapá, camarões secos e molho lambão — para montar como quiser. Vila Madalena: Rua Medeiros de Albuquerque 270 (3034-4260). Qua a sáb, das 12h às 22h. Dom, das 12h às 19h.
A BAIANEIRA
Nos primeiros meses do ano, a unidade do Masp migrou do subsolo do icônico espaço projetado por Lina Bo Bardi para o térreo do novo prédio do museu, ali ao lado. Com a mudança, a chef Manu Ferraz aproveitou para revisar o menu, que apresenta acréscimos como o galeto ao falso molho pardo (R$ 78), em que o sangue é substituído por um denso molho de chocolate, e que vem com cogumelos e purê de mandioquinha. A moqueca de ostra e ovo caipira (R$ 110), que há tempos aparecia como especial da casa, agora chegou para ficar. Também passaram a integrar a seleção entradas como a vieira com banana e calda de maracujá (R$ 46). O baião de dois segue em três versões: sirizado (R$ 78), com carne de panela (R$ 69) e vegetariano (R$ 65), e a feijoada (R$ 85) ainda é servida às quartas e aos sábados. Na hora da sobremesa, difícil escolher entre a cocada quente (R$ 29) e o manjar de coco com ameixa e calda de rapadura (R$ 30). A carta de vinhos também foi repaginada, e leva a assinatura das sommelières Daniela Bravin e Cassia Campos. Bela Vista: Masp. Av. Paulista 1.510 (91107-4074). Ter a sex, das 11h30 às 15h. Sáb e dom, das 11h30 às 16h. Barra Funda: Rua Dona Elisa 117 (94380-1847). Ter a sex, das 9h às 15h. Sáb, das 9h às 16h.
BALAIO IMS
Já virou marca registrada do chef Rodrigo Oliveira a valorização dos ingredientes brasileiros. À frente do também concorrido Mocotó, aqui ele investe em uma pegada mais autoral. A localização é privilegiada: o bonito prédio do Instituto Moreira Salles, na Avenida Paulista, que serve de cenário para receitas como o namorado assado ao molho de moqueca com camarão e cuscuz de arroz com coco fresco (R$ 118). A lasanha caipira (R$ 89) tem massa de couve e leva ricota fresca, bechamel de abóbora e queijos brasileiros, e o arroz de pato é incrementado com carne de fumeiro e mexilhão (R$ 135). Trivial bem feito, o picadinho de angus (R$ 98) faz sucesso e vem escoltado por arroz, feijão, couve fresca, ovo perfeito e farofa. Antes, fazem papel de entrada o acarajazz, um disco crocante de mandioca com creme de feijão-fradinho, camarão seco e quiabo (R$ 32, quatro unidades), ou então os indefectíveis dadinhos de tapioca (R$ 44, a dúzia), criados por Oliveira e copiados mundo afora. Se a ideia é bebericar, há drinques autorais como o gim tônica do sertão (R$ 49), com caju e casca de limão-siciliano. Bela Vista: IMS. Av. Paulista 2.424 (97269-0423). Ter a qui, das 12h às 16h. Sex e sáb, das 12h às 16h e das 19h às 22h. Dom, das 12h às 17h.
BANZEIRO
Um dos poucos representantes da cozinha do Norte na cidade, é filial do restaurante homônimo manauara, de Felipe Schaedler. Nascido em Santa Catarina e criado na Amazônia, o chef investe em preparos nos quais explora, com viés contemporâneo, ingredientes como a formiga saúva (R$ 28), que coroa a espuma de mandioquinha servida de entrada, ou o cogumelo yanomami, que entra na composição de uma tortilha de farinha d’água junto de creme de tucupi negro e camarão (R$ 54, a dupla). Entre os principais, são novidades o pirarucu empanado na farinha de tapioca com fonduta de queijo e arroz negro (R$ 104) e o lombo de tambaqui na brasa ao molho de cupuaçu, mais purê de mandioquinha assada e farofa de milho doce (R$ 92). Clássico amazonense, a costela de tambaqui (R$ 96) é assada na lenha e servida com tartare de banana e baião de dois cremoso. Além de vinhos — incluindo aí uma boa seleção de nacionais —, há drinques como o sour de jambu (R$ 46), com cachaça de jambu, suco de abacaxi, Angostura e mel. Itaim Bibi: Rua Tabapuã 830 (2501-4777). Seg a sex, das 12h às 15h30 e das 19h às 23h30. Sáb, das 12h às 16h30 e das 19h à meia-noite. Dom, das 12h às 16h30.
BAR DA DONA ONÇA
Desde 2008 é o território da chef Janaína Torres, que adotou aquele pedaço do Centro muito antes de ele virar o destino boêmio que é hoje. Ali, aos pés do Edifício Copan, ela interpreta à sua moda porções de boteco e pratos característicos da cozinha popular brasileira. Irretocável, a coxinha de galinha caipira (R$ 45) chega em porção de quatro unidades. Ensopadinho, o fígado em tiras (R$ 79), outra opção para beliscar, vem com pão para “chuchar” no molho. Dos pratos, a moqueca (R$ 120) é feita de peixe do dia e camarão e servida ao lado de arroz e tartare de banana. Também faz sucesso o stinco de porco caipira com feijão-tropeiro e couve crisp (R$ 115). No jantar de segunda a sexta, uma alternativa é o menu degustação (R$ 290), que inclui pratos como ravióli recheado de queijos brasileiros e uma versão míni da já tradicional galinhada com gema curada. Servidas em copões, as caipirinhas são um capítulo à parte, e ganham combinações como tangerina e maracujá (R$ 44 com cachaça de São José do Rio Pardo). República: Av. Ipiranga 200 (3257-2016). Seg a sáb das 12h às 23h. Dom. das 12h às 17h.
BENEDITA
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CAPIM SANTO
Com origem em Trancoso, na Bahia, o restaurante tem ambiente dos mais agradáveis: fica nos fundos do Solar Fábio Prado, com mesas em um belo jardim, sob as copas das árvores. É o cenário perfeito para aproveitar com calma as receitas da chef Morena Leite. Com uma cozinha vibrante, que celebra a diversidade do Brasil, ela traz sempre novidades. Uma das mais recentes é o bobó de camarão com arroz de coco e uma farofa de dendê com toque de mel (R$ 146), que entrou em cena no último inverno. Dos clássicos de seu repertório, o peixe do dia com escamas de banana-da-terra é servido com pirão de siri (R$ 156), e a cafta de costela na cana-de-açúcar vem na companhia de baião de dois cremoso (R$ 122). Para petiscar, vale apostar nos churros de tapioca com vatapá de frutos do mar (R$ 45). E, na sobremesa, a versão da casa para o pernambucano cartola (R$ 42), que na sua releitura combina doce de banana, queijo coalho e sorvete de cumaru. Jardim Paulistano: Av. Brigadeiro Faria Lima 2.705 (3032-2277). Ter a dom, das 10h às 18h.
A CASA DO PORCO
Lá se vão dez anos desde que Jefferson Rueda ocupou uma esquina do Centro para transformá-la em um templo dedicado às possibilidades da carne de porco. Desde então o salão vive cheio, e a maioria chega ali em busca do menu de oito tempos, que custa R$ 320 — com possibilidade de harmonização por mais R$ 295. O mais recente foi batizado de Porco D.O.C. — Denominação de Origem Caipira, e começa com uma seleção de “iguarias da roça”, como um suspiro de porco cru com coalhada, rabanete e raiz-forte e um taco de palmito pupunha com ervas frescas, tripinha de porco e amendoim. A sequência inclui criações como a pizza de linguiça curada com molho fermentado de anchova garum, orégano fresco, tomate e stracciatella, servida ao lado de hossomaki com taioba, arroz, porco defumado e mostarda. Tem ainda o peixe confitado na banha de porco a 76 graus, acompanhado de azeitonas pretas, colágeno e toffee de porco, e o porco san-zé, clássico absoluto desde a inauguração, que é assado inteiro. A sobremesa chega para refrescar: combina creme de graviola com baunilha, cupuaçu e sapoti, além de mel de mandaçaia, pólen e suspiro. República: Rua Araújo 124 (3258-2578). Seg a sáb, das 12h às 23h. Dom, das 12h às 17h.
A CASA DO SAULO
O Saulo que batiza a casa é Saulo Jennings, que abriu a primeira unidade do restaurante cerca de quinze anos atrás, na badalada Alter-do-Chão, no Pará. Hoje com unidades também em Belém e no Rio de Janeiro, tem como foco os sabores amazônicos, que o chef interpreta à sua moda. O trio tapajônico (R$ 70) é um bom modo de começar: reúne dadinhos de farinha de tapioca na geleia de cupuaçu apimentada, bolinhos de piracuí com maionese de pirarucu defumado e iscas de peixe na farinha de mandioca com geleia de açaí. Novidade entre os principais, a parmegiana do saulo (R$ 136) é preparada com pirarucu empanado e creme de queijo Marajó, e acompanha fettuccine e molho pomodoro. Outra inclusão recente no menu é o raviolone de pato no tucupi (R$ 119), uma massa verde recheada com pato desfiado e jambu, imersa em um molho de tucupi amarelo com um toque de tucupi preto. Para fechar a visita, há boas sobremesas, como a musse de chocolate, que ganha o providencial acréscimo de espuma de taperebá (R$ 43). Vila Olímpia: Rua Gomes de Carvalho 1666 (97641-0159). Seg a sex, das 11h30 às 15h e das 19h às 23h. Sáb, das 12h às 16h e das 19h às 23h. Dom, das 12h às 17h.
CELEIRO ARIMBÁ
Defensora de longa data da cozinha caipira, a chef capixaba Angelita Gonzaga ocupa este belo galpão da Vila Romana para servir suas receitas, que passeiam sobretudo por Minas e Espírito Santo. Pelo endereço, que recentemente ganhou um novo ambiente dedicado a eventos, circulam vistosos pastéis de angu (R$ 39,90), com massa de fubá de moinho de pedra e recheios como carne ou linguiça artesanal com queijo. Para petiscar, tem ainda curió na cachaça (R$ 58,50), uma linguiça suína com queijo derretido e pão, e pururporco (R$ 37,90), porção de torresminhos defumados e crocantes, servidos com goiabada apimentada. Bem molhadinha e colorida, a galinhada do celeiro (R$ 53,90) traz galinha caipira com arroz, açafrão, milho e couve, entre outros vegetais. Outro prato símbolo da casa leva o nome de rojão: um grande espeto de carne suína moída e bem temperada, preparado na brasa. Na versão tropeiro (R$ 158,90, para duas pessoas), ele vem junto de arroz, feijão-tropeiro, vinagrete, banana-da-terra e molho de alho. Na hora de escolher um beberico, fazem sucesso as caipirinhas em copões de 450 mililitros, bem como drinques. Destes, o moscou milho do celeiro (R$ 37,90) é uma criativa versão do clássico feita de cachaça de milho, limão, gengibre e espuma de milho. Vila Romana: Rua Caio Graco 226 (3477-7063). Sex a dom, das 12h às 18h.
CUIA
A chef Bel Coelho expandiu os seus domínios e levou o Cuia para uma bonita casa em Pinheiros com dois pavimentos, chão de caquinhos e decorada com artesanato de várias regiões do país. Tanto ali quanto na pioneira, que funciona junto da livraria Megafauna, aos pés do Edifício Copan, a proposta é ser um misto de restaurante, café e bar com drinques caprichados. Para driblar o apetite, há beliscos como os pasteizinhos de queijo da Canastra com cebola caramelizada e molho picante de jabuticaba (R$ 40) e a croqueta de costelinha com milho crioulo e geleia de jabuticaba (R$ 40). Dos principais, o peixe do dia vem na companhia de farofa de feijão-manteiguinha e molho de tucupi e o oswaldo aranha (R$ 93) traz o filé grelhado com arroz, farofa, chips de batata bolinha e purê de alho assado. O baião de dois (R$ 61), feito com abóbora e linguiça artesanal, pode ganhar o bem-vindo acréscimo de um ovo frito (R$ 6). Para os outros momentos do dia, tem sanduíches como o de cogumelos grelhados com picles de vegetais e homus de feijão-manteiguinha (R$ 45), além de um pão de queijo de respeito, feito com queijo da Canastra (R$ 10). Um bom café coado (R$ 9) pode coroar os pedidos. Centro: Av. Ipiranga 200. Seg, das 10h às 16h. Ter a sáb, das 10h às 22h. Dom, das 10h às 17h. Pinheiros: Rua Mateus Grou 80. Ter a sáb, das 11h às 22h. Dom, das 11h às 17h.
CUSCUZ DA IRINA
No fim de 2024, o charmoso sobradinho da Vila Madalena ganhou uma casa-irmã, na Santa Cecília. Em ambos os endereços, brilham as receitas da chef potiguar Irina Cordeiro, em especial aquelas que levam como ingrediente o cuscuz de milho nordestino, bem soltinho. No prato batizado de vuco vuco (R$ 65), ele ganha a companhia de cogumelos, salada de feijão-fradinho, coentro, macaxeira e jerimum assado, e, no ser tão (R$ 66), vem junto de carne de sol com natas, queijo coalho tostado, salada de feijão-fradinho, coentro e manteiga de garrafa. Na seção intitulada “entradas, beliscos e merendas”, há pedidas como um bem temperado caldinho de sururu (R$ 28) e o chamado imoral (R$ 44), um pão de macaxeira com carne de sol na nata, queijo coalho gratinado e manteiga de garrafa. Quem chega cedo, tem à disposição café coado (R$ 12) e com leite (R$ 15). E, aos que procuram um drinque, há pedidas como o caju inimigo (R$ 39), de cachaça, compota de caju, cajuína e limão. Vale guardar espaço para docinhos como a fatia de parida crocante (R$ 39), uma rabanada caramelizada com calda de goiabada. Vila Madalena: Rua Iperó 47. Ter a sex, das 11h às 17h. Sáb e dom, das 9h às 17h. Santa Cecília: Rua Fortunato 224. Ter a sáb, das 10h às 18h. Dom, das 10h às 17h.
DALVA E DITO
Sem perder a brasilidade que é característica de sua cozinha, o chef Alex Atala aposta aqui em receitas cheias de afetividade. Mais informal que seu irmão D.O.M., tem no espaçoso ambiente ladrilhos hidráulicos, redário e até um painel azul e branco do artista plástico Athos Bulcão. As receitas vão de Norte a Sul, como o rubacão (R$ 109), uma versão do baião de dois acompanhada de mandioca frita e queijo coalho. O pirarucu na chapa (R$ 165) é servido com purê de banana-da-terra e legumes assados na brasa, e o porco na lata (R$ 149), com diferentes cortes confitados na própria gordura, vem ao lado de linguicinha frita e purê de mandioquinha. Tradução paulistana do clássico italiano “pasta e fagioli”, o macarrão com ragu de linguiça e feijão (R$ 109) tem público cativo. Há espaço para o especial do dia, servido no almoço durante a semana — às terças, é a vez do arroz de galinhada com quiabo (R$ 109). Quem não dispensa uma sobremesa pode pedir o floresta amazônica (R$ 46), versão do bolo floresta negra feita com cacau da ilha do Combu, no Pará, e aromatizada com puxuri. Jardins: Rua Padre João Manuel 1.115 (3068-4444). Seg a sáb, das 12h às 15h e das 19h às 23h. Dom, das 12h às 16h.
FITÓ
Nos últimos tempos, a chef Cafira Foz expandiu seus domínios para os prédios da Pinacoteca, que ganharam extensões de seu Fitó. Enquanto isso, a matriz instalada em uma casinha branca e azul de Pinheiros segue sem perder o brilho. Da sua “cozinha brasileira com essência nordestina e temperos do mundo”, como ela se define, saem pedidas como a paçoca (R$ 98), clássico local feito de carne de sol desfiada, farinha de mandioca e cebola roxa, e que ganha a companhia de baião de dois e tartare de banana-da-terra e tomate. Outra sugestão é o arroz de siri catado (R$ 87), com siri e fava puxados no caldo de galinha. O prato é finalizado com leite de coco e salpicado com rapadura, e vem acompanhado de vinagrete e farofa caseira. Antes, tem bolinho de caranguejo sertanejo (R$ 57, seis unidades) e capitão (R$ 45, seis unidades), outra friturinha de respeito feita do baião de dois, que vai acompanhada de coalhada seca. De segunda a domingo, no almoço, tem a ‘pratada’, versão da casa para o menu executivo com um prato do dia acompanhado de entrada e sobremesa. Quem escolhe o lugar para beber, encontra drinques autorais bem executados como o mandinga (R$ 47), de bitter italiano infusionado em frutas vermelhas e manjericão, cachaça branca e shrub de goiabada. Pinheiros: Rua Cardeal Arcoverde 2773 (99674-2745). Seg a sex, das 12h às 15h30 e das 19h às 23h. Sáb, das 12h às 17h e das 19h às 23h. Dom, das 12h às 18h. Luz: Pinacoteca de São Paulo (Praça da Luz 2) e Pina Contemporânea (Av. Tiradentes 273). Qua a seg, das 10h às 18h.
JESUÍNO BRILHANTE
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LENA
Onde Minas encontra o mundo. É assim que o Lena se apresenta, seja no texto diante da fachada, seja na bio das redes sociais. Aberto em julho pelo chef Mário Santiago, mineiro de Araújos, o restaurante também funciona como café, com um coado de respeito (R$ 10) e pão de queijo com matéria-prima da Serra da Canastra (R$ 12). Para o almoço há outros predicados, caso da costelinha laqueada com canjiquinha e kale com ponzu (R$ 83) e da galinhada, bem caldosa, feita com sobrecoxa de pele crocante, mais uma gema curada com shoyu e cachaça (R$ 67). Antes, é indispensável pedir a pipoca de pão de queijo (R$ 25), em que a massa é frita em pequeninos bocados e servida com creme azedo, para comer de monte. Durante a semana, tem PF com prato do dia, sempre guarnecido de arroz e feijão-roxinho, salada e docinho, por R$ 65. E, aos sábados, quem chega cedo pode pedir um robusto desjejum com linguiça da casa, ovos mexidos molhadinhos, creme azedo e chuva de queijo da Canastra (R$ 35). Pinheiros: Rua Doutor Virgílio de Carvalho Pinto 98 (98854-5100). Ter a sex, das 11h30 às 16h30. Sáb, das 9h30 às 16h.
LOBOZÓ
É mais uma das casas de Marcelo Corrêa Bastos (do Jiquitaia), aberta em parceria com o também chef Gustavo Rodrigues e com o sociólogo Carlos Alberto Dória. Aqui, o foco é a culinária caipira paulista, servida em um ambiente informal com pinta de refeitório. É possível começar os trabalhos por um dos itens do balcão de frios, entre eles a terrina de rabada com agrião (R$ 48), ou escolher um petisco como o jiló recheado de linguiça (R$ 18), que é empanado, frito e servido com molho de paçoca. O cuscuz paulista ganha um capítulo só para ele, em versões como camarão (R$ 89) e porco assado (R$ 79). Feito na ‘TV de cachorro’, como são chamados aqueles fornos de padaria, o frango caipira (R$ 128) é uma das estrelas, e vem recheado de uma mistura de linguiça, amendoim e bacon — o tal “lobozó” que batiza a casa. Ainda entre os principais tem a caldeirada caiçara (R$ 94), de peixe do dia, camarão e banana cozidos em caldo de peixe, que vem junto de arroz e farofa. Dá ainda para pedir o prato do dia, como a feijoada das quartas e sábados (R$ 79, a pequena, e R$ 118 a grande), ou um PF (R$ 79), no qual escolhe-se um assado e um acompanhamento. Na hora da sobremesa, vale investir na fatia de queijo colonial com compota da estação (R$ 32). Vila Madalena: Rua Medeiros de Albuquerque 436 (93056-2146). Seg, qua e dom, das 12h às 16h30. Qui a sáb, das 12h às 23h30.
MOCOTÓ
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PRETO COZINHA
Advogado de formação, o soteropolitano Rodrigo Freire exerce o papel de chef em seu restaurante, onde apresenta os sabores da Bahia do seu jeito. O menu não deixa de fora clássicos como o caldinho de sururu (R$ 34), valorizado por castanha-do-pará, ou o acarajé (R$ 54), com todos os complementos clássicos. Tem ainda bobó de camarão (R$ 107), que aqui chega sobre terrine de arroz de coco e farofa de pão, e carne de sol, maturada por dez dias e servida com pirão de leite e farofa de cuscuz na manteiga de garrafa (R$ 114). O final fica por conta da torta búlgara (R$ 44), um aromático bolo baiano de cacau e chocolate que é regado com calda de amora e especiarias, mais chantilly e crumble. A bartender Fatinha Afonso assina a carta de drinques, que traz preparos autorais como o umbu martini (R$ 44), de vodca, umbu, jerez fino, o aperitivo Lillet, bitter de laranja e gotas de folha de limão. Pinheiros: Rua Fradique Coutinho 276 (99114-3539). Seg a qui, das 12h às 15h e das 19h às 23h. Sex e sáb, das 12h à meia-noite. Dom, das 12h às 18h.
QUENTE DA BOCA
O misto de restaurante e café foi aberto pelo publicitário Francisco Soares Montans com o intuito de trazer a São Paulo um pouco da atmosfera da fazenda da família, na cidade mineira de São Sebastião do Paraíso. Aberto desde as primeiras horas do dia, serve pão de queijo (R$ 9), broa de fubá (R$ 9), sanduíche de linguiça e queijo Tulha no pão francês (R$ 38), além de cafezinho coado (R$ 15). Quem chega para o almoço encontra copa lombo grelhada com arroz, tropeiro de feijão-vermelho, torresmo, ovo estalado e vinagrete de laranja-bahia (R$ 67), bem como um saboroso frango com quiabo e angu cremoso (R$ 60). Destaca-se também o PF, disponível de segunda a sexta, no qual se escolhe entre linguiça (R$ 58), sobrecoxa (R$ 58), copa lombo (R$ 58) ou bife (R$ 65), acompanhados de arroz, tutu de feijão-vermelho, couve, vinagrete e ovo estalado. O torresmo ao forno (R$ 48) começa bem a refeição. Para terminar, rabanada com sorvete de baunilha e calda de maracujá (R$ 42). Pinheiros: Rua João Moura 519 (3082-5538). Seg a qua e sex, das 9h às 18h. Qui, das 9h às 23h. Sáb e dom, das 9h às 17h. (责任编辑:) |