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欧博allbetDezembro Laranja

时间:2025-12-19 00:18来源: 作者:admin 点击: 14 次
A Relação entre a Emergência Climática e o Câncer de Pele

Dezembro Laranja: principal campanha de conscientização sobre o câncer de pele no Brasil, incentiva a revisão de hábitos, a observação da saúde da pele e a adoção de medidas preventivas.

Câncer de pele e emergência climática: o câncer de pele é o mais frequente no mundo, e sua incidência tem aumentado nas últimas décadas. As mudanças climáticas e seus efeitos, incluindo o aumento da radiação UV, a depleção da camada de ozônio e o aquecimento global, ampliam a exposição da população ao sol, aumentando o risco de desenvolvimento da doença.

Prevenção individual: uso diário de protetor solar (FPS 30+), roupas com proteção UV, chapéus, óculos escuros, procurar, quando possível, locais à sombra, observação regular da pele e consultas anuais com dermatologista são fundamentais para reduzir riscos.

Ações institucionais: políticas públicas devem ampliar o acesso a áreas sombreadas nas cidades, promover educação para a exposição segura ao sol e garantir o atendimento médico especializado. Populações de baixa renda, com maior exposição ocupacional ao sol e menos recursos, precisam de proteção prioritária para reduzir desigualdades.

O verão se aproxima, e 2025 deve registrar temperaturas recordes, sendo provavelmente o segundo ou terceiro ano mais quente da história, atrás apenas de 2024. Nesse cenário de emergência climática, a saúde da pele ganha centralidade. O câncer de pele é o mais comum no mundo, e sua incidência tem crescido nas últimas décadas. Entre os tipos existentes, o melanoma, a forma mais rara porém mais agressiva, é o que apresenta aumento mais rápido no número de casos, acendendo um alerta global.

É nesse contexto que começa o Dezembro Laranja, principal campanha de conscientização sobre o câncer de pele no Brasil. Além de marcar o início do verão, o mês traz um chamado para revisar hábitos, observar a saúde da pele e adotar cuidados que reduzem riscos. O sol é essencial para a vida e para o bem-estar, mas a exposição a ele precisa ser tratada com segurança e responsabilidade, especialmente em um clima cada vez mais extremo.

Os números reforçam a urgência de falar sobre o tema. Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de pele representa cerca de 30% dos tumores malignos registrados no país, proporção que demonstra sua relevância epidemiológica. O Dezembro Laranja nasceu para disseminar informação e incentivar a prevenção, estratégias que podem evitar grande parte dos casos. No Brasil, muitos estados e municípios têm fortalecido essa agenda. No Paraná, por exemplo, a campanha do Dezembro Laranja é instituída pela Lei n°18.829/2016, que estabelece que sejam realizadas ações educativas e preventivas durante todo o mês.

O câncer de pele

O câncer de pele é o tipo de câncer mais frequente no Brasil, responsável por cerca de um terço de todos os diagnósticos oncológicos. Ele surge quando as células da pele começam a se multiplicar de forma anormal, dando origem a diferentes tumores, cada um com características específicas. A exposição inadequada ao sol continua sendo o principal fator associado ao desenvolvimento da doença, mas não é o único. Pessoas de pele e olhos claros, idosos e indivíduos que tiveram muitas queimaduras solares ao longo da vida ou com histórico familiar compõem os grupos mais vulneráveis.

O Instituto Nacional do Câncer estima que o país deve registrar cerca de 220 mil novos casos de câncer de pele em 2025. Diante do avanço da doença no Brasil, conhecer os tipos de câncer de pele é fundamental para identificar sinais precoces:

Carcinoma basocelular: é o mais comum e, em geral, o menos letal. Surge com maior frequência em áreas expostas ao sol, como rosto, orelhas, pescoço, ombros, costas e couro cabeludo. Costuma aparecer como uma lesão avermelhada, brilhante, com uma crosta central que pode sangrar. Quando diagnosticado precocemente, tem elevadas chances de cura.

Carcinoma escamoso: pode atingir qualquer região do corpo, embora seja mais recorrente em áreas expostas ao sol. Apresenta-se como uma ferida espessa, avermelhada e descamativa, que não cicatriza, ou como uma lesão semelhante a uma verruga.

Melanoma: é o menos frequente, mas o mais perigoso. Tem alta capacidade de se espalhar para outros órgãos e é responsável pela maior parte das mortes por câncer de pele. Geralmente se manifesta como uma pinta ou mancha escura que muda de cor, forma ou tamanho. Quando identificado precocemente, as chances de cura chegam a 90%.

Para quem deseja entender melhor seu nível de exposição, a Sociedade Brasileira de Dermatologia disponibiliza um teste on-line, com 11 perguntas, que calcula o risco individual de desenvolver câncer de pele.

O câncer de pele e as mudanças climáticas

A relação entre as mudanças climáticas e o câncer de pele ainda não é conclusiva, mas há evidências consistentes de que a intensificação da radiação ultravioleta, a degradação da camada de ozônio e o aquecimento global podem contribuir para o aumento no número de casos da doença.

Aumento da radiação ultravioleta (UV)

A radiação ultravioleta (UV) é o principal fator ambiental associado ao câncer de pele. As mudanças climáticas não interferem diretamente na intensidade dos raios UV que chegam à Terra, mas ampliam a exposição a eles por diversas vias.

Quando a atmosfera está mais quente, sua capacidade de absorver a radiação solar diminui e mais raios UV atingem o solo. Além disso, os padrões meteorológicos alterados pelas mudanças climáticas prolongam os períodos ensolarados e estendem os meses de verão, criando janelas de exposição à radiação UV mais longas. O calor persistente e intenso também incentiva a realização de atividades ao ar livre, que, muitas vezes, ocorrem sem proteção adequada ao sol. Na prática, a combinação entre esses elementos acarreta maior risco de danos ao DNA das células da pele, o primeiro passo para o desenvolvimento de tumores.

Depleção da camada de ozônio

A camada de ozônio funciona como o principal escudo natural contra a radiação ultravioleta (UV), filtrando cerca de 90% dos raios mais nocivos à saúde humana. Porém, quando essa barreira foi degradada, sobretudo pelas emissões de compostos como os CFCs, a radiação passou a atingir a superfície terrestre em maior intensidade.

A depleção dessa camada protetiva levou à criação do Protocolo de Montreal, em 1987, tratado internacional que estabeleceu o controle rigoroso das substâncias que destroem o ozônio. Desde então, sucessivas revisões reforçaram suas metas e resultaram em quedas expressivas na presença desses compostos na atmosfera. Modelos globais indicam que milhões de casos de câncer de pele foram evitados graças à implementação do acordo e à recuperação parcial da camada de ozônio.

O problema, porém, não está totalmente resolvido. As substâncias que degradam o ozônio podem permanecer por décadas na estratosfera, retardando a recuperação total da camada, estimada para ocorrer apenas por volta de 2060. Até lá, a exposição a níveis elevados de radiação seguirá sendo um risco. Projeções baseadas nas emendas de 1992 ao Protocolo de Montréal estimam que, mesmo com o cumprimento das metas, a incidência de câncer de pele pode aumentar cerca de 10% até meados do século devido à depleção remanescente da camada de ozônio.

Outro ponto de atenção é que o aquecimento global pode interferir na dinâmica da estratosfera, alterando padrões de ventos e temperaturas e retardando a recomposição do ozônio em algumas regiões do planeta. Os mecanismos de interação entre as mudanças climáticas e a recuperação da camada de ozônio ainda não são plenamente compreendidos, mas a comunidade científica já considera o aquecimento global um dos principais desafios para a restauração dessa barreira protetiva.

Aquecimento global e efeitos do calor sobre a pele

O planeta já aqueceu mais de 1 °C desde o fim do século XIX, e o aumento global das temperaturas pode alterar a resposta biológica da pele à radiação. Pesquisas mostram que o calor pode potencializar os danos causados pelos raios UV, aumentando a inflamação, acelerando o fotoenvelhecimento e favorecendo a sobrevivência de células com o DNA danificado, que, em condições normais, seriam eliminadas pelo organismo.

Estimativas do impacto indireto das mudanças climáticas indicam que um aumento de temperatura de 2 °C pode elevar em cerca de 11% a incidência de câncer de pele até 2050. Além disso, com mais dias quentes, as pessoas passam mais tempo ao ar livre, usam menos roupas protetoras e evitam ambientes fechados, fatores que, juntos, amplificam a carga de radiação recebida.

Como prevenir o câncer de pele

A proteção contra o câncer de pele começa com a formação de hábitos. Algumas medidas são especialmente importantes:

• Evitar exposição nos horários de maior radiação solar (entre 10h e 16h).

• Usar protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados e fora dos horários de pico de radiação (entre 10 e 16h). O ideal é aplicar produtos com FPS 30 ou mais e reaplicar a cada 2–3 horas.

• Adotar barreiras físicas de proteção, como roupas com proteção UV, bonés, chapéus, óculos escuros, sombrinhas e guarda-sóis.

• Observar regularmente a pele e monitorar manchas, pintas e alterações suspeitas.

• Realizar consulta anual com dermatologista.

Apesar da importância dessas ações, a responsabilidade não é apenas individual. A redução do risco passa também por estratégias institucionais bem planejadas. Políticas públicas que ampliem o acesso a áreas sombreadas em espaços urbanos, promovam educação para a exposição segura ao sol e garantam acesso a diagnóstico e tratamento do câncer de pele são essenciais. Em função da relação da doença com as mudanças climáticas, medidas de mitigação também fazem parte do arsenal de prevenção em longo prazo.

As desigualdades sociais tornam o desafio de prevenir e enfrentar o câncer de pele ainda maior. Populações de baixa renda frequentemente têm menos acesso a protetores solares, roupas adequadas e atendimento médico especializado. Além disso, muitas trabalham ao ar livre em setores como construção, limpeza urbana e agricultura, o que aumenta a exposição ocupacional ao sol e reduz a possibilidade de evitar os horários de maior radiação. A combinação de maior exposição, poucos recursos de proteção e dificuldade de acesso ao sistema de saúde pode resultar em diagnósticos tardios e maior risco de complicações.

Com o avanço das mudanças climáticas, essas vulnerabilidades tendem a se aprofundar. Por isso, são necessárias ações coordenadas entre governos, profissionais de saúde, pesquisadores e sociedade civil para garantir proteção adequada a quem mais precisa — e para que a prevenção seja, de fato, um direito acessível a todos.

Para mais conteúdo relacionado às mudanças climáticas, acesse o Painel de Indicadores de Mudanças Climáticas de Curitiba neste link.

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Para citar este artigo:

OBSERVATÓRIO SISTEMA FIEP / PAINEL DE INDICADORES DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS DE CURITIBA (PIMCC). Dezembro Laranja - A Relação entre a Emergência Climática e o Câncer de Pele. Disponível em: https://paineldemudancasclimaticas.org.br/noticia/dezembro-laranja-cancer-pele. Acesso em: dd/mm/aaaa.

#MudançasClimáticas #ClimateChange #DezembroLaranja #CancerDePele #PrevencaoAoCancerDePele

Fontes consultadas

BRAZIL HEALTH/CNN BRASIL. Dezembro Laranja: como se proteger do sol e reconhecer o câncer de pele. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/dezembro-laranja-como-se-proteger-do-sol-e-reconhecer-o-cancer-de-pele/. Acesso em: 9 dez. 2025.

EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES. Emergência climática exige cuidados redobrados contra o câncer de pele. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/comunicacao/noticias/emergencia-climatica-exige-cuidados-redobrados-contra-o-cancer-de-pele. Acesso em: 10 dez. 2025.

GOMES, D. M./VEJA SAÚDE. Aumento dos casos de câncer, o efeito pouco falado das mudanças climáticas. Disponível em: https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/aumento-dos-casos-de-cancer-o-efeito-pouco-falado-das-mudancas-climaticas/. Acesso em: 10 dez. 2025.

PARKER, E. R. The influence of climate change on skin cancer incidence – A review of the evidence. International Journal of Women's Dermatology, v. 7, n. 1, p. 17-27, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ijwd.2020.07.003. Acesso em: 10 dez. 2025.

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ. Dezembro Laranja: Secretaria da Saúde alerta sobre os cuidados para evitar o câncer de pele. Disponível em: https://www.parana.pr.gov.br/aen/Noticia/Dezembro-Laranja-Secretaria-da-Saude-alerta-sobre-os-cuidados-para-evitar-o-cancer-de. Acesso em: 9 dez. 2025.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Dezembro Laranja: Campanha do Câncer de Pele. Disponível em: https://sbd.org.br/campanha/dezembrolaranja/. Acesso em: 9 dez. 2025.

WANG, L. et al. The impact of climate change on skin cancer incidence: mechanisms, vulnerabilities, and mitigation strategies. Frontiers in Public Health, v. 13, 2025. Disponível em: https://doi.org/10.3389/fpubh.2025.1674975. Acesso em: 10 dez. 2025.

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